Partindo do Tratado do Sublime de Dionísio Longino, ao longo destas sessões serão enunciadas, de forma diacrónica, questões teóricas e práticas artísticas que se cruzam com a escala, a medida, a superação do cânone ou a destruição da estética e seus efeitos vanguardistas. Percorreremos as impurezas da sublimidade romântica que degeneram no excesso insano e patético; as contaminações realistas e corriqueiras quando o classicismo se confronta com o realismo e se torna macarrónico; ou o seu retorno, na irrisão niilista do nonsense e do naïve,bem como no silêncio e na nudez minimalista. Terminaremos no momento presente, de auscultação metafísica, também ela dividida entre experiências artísticas que retomam o espiritual e outras kitsch, onde um sublime se consome “batético” e bovino, nos interstícios do aparato expositivo e cotação mercantil.